sábado, 25 de abril de 2015

6 Questões Críticas na Gestão de Equipes

Quase toda carreira profissional começa com a pessoa contribuindo individualmente. A pessoa é contratada como analista, representante de vendas júnior, ajudante de máquina etc., e é esperado dela que consiga entregar resultados individuais, conforme as expectativas para sua posição. A partir do momento que essa pessoa vai ganhando expertise, consistência e qualidade nas entregas, a organização começa a avaliá-la para ampliar o seu escopo de responsabilidades e, chegada a oportunidade, a coloca no comando de uma equipe. Esse é justamente o momento quando outros tipos de desafios começam a aparecer – porque é necessário outro set de habilidades, o qual a pessoa ainda não teve oportunidade de testar na organização.


Seja no mundo corporativo ou no mundo empreendedor, independentemente se esteja no comando de um grupo de executivos de alta performance formados nas melhores escolas de negócios do mundo ou na frente de um grupo de jardineiros sem ensino fundamental, existem seis questões críticas que você como líder de equipe precisa considerar:

1) Distribua claramente as tarefas: os membros da sua equipe precisam entender nitidamente quais são os seus papéis e responsabilidades individuais. Quanto mais excludente seja a distribuição de funções entre os integrantes da sua equipe, mais fácil ficará o entendimento deles, e posteriormente a sua gestão. Como um diretor de orquestra, precisa deixar bem claro na sua equipe quem faz o que e quais os inputs e outputs esperados de cada integrante. Precisa também garantir o correto entendimento das responsabilidades individuais e, finalmente, cobrá-los segundo essa distribuição.

2) Avalie as capacidades da sua equipe: se existe uma verdade nesse mundo é que todos somos diferentes e que temos capacidades e talentos distintos. Assim, a sua tarefa como líder de equipe é:
  • Entender qual o limite da capacidade de cada um dos integrantes da sua equipe;
  • Avaliar se essa capacidade específica é funcional com às entregas esperadas daquela posição.
Se você é responsável pela área de suprimentos e tem na sua equipe um comprador que não é bom de negociação, não é detalhista nem é analítico... por mais que ele tenha outros talentos, é provável que você tenha que pensar em uma substituição. Não adianta você tentar exigir que uma laranja vire uma maça. Se você está precisando fazer suco de laranja, tenha laranjas na sacola.

3) Forme seu(s) sucessor(es): para você continuar crescendo na organização, precisa garantir que, na sua eventual ausência, a sua área de responsabilidade vai continuar entregando no mesmo nível de qualidade. Por isso, é crítico você ter uma (ou mais) pessoas com potencial para sucedê-lo. Por outro lado, o fato de você ter pessoas na sua equipe que você enxerga com capacidade para sucedê-lo fala um pouco da qualidade da sua equipe.

4) Instale uma comunicação fluída: as boas notícias da sua equipe têm que chegar rápido até você - e as ruins ainda mais. Precisa criar espaços formais de comunicação nos quais você é “brifado” do status das atividades e do contexto (ex.: reunião semanal de vendas). Mas também precisa criar espaços informais (e idealmente individuais) com membros da sua equipe, tipo almoços, cafés etc., nos quais você vai querer entender o que está por trás dos bastidores. Nas suas comunicações você precisa garantir:
  • Quando receber notícias ruins, não mate o mensageiro – as notícias vão demorar a chegar até você porque ninguém vai querer se sacrificar;
  • Cumprimente em público - e reprima de porta fechada;
  • Interesse-se pelas pessoas como um todo – o trabalho é parte importante nas nossas vidas mas não é tudo.
5) Escute a sua equipe (e deixe-os tomarem decisões): uma certeza é que quatro olhos enxergam mais que dois, e seis mais do que quatro. Por isso, crie espaços para ouvir o que os outros tem a falar e escute a voz da sua equipe. Se mesmo assim, você continua definindo todas as decisões críticas da sua área, procure um otorrino e/ou avalie novamente a qualidade das capacidades da sua equipe. Uma equipe na qual o líder toma todas decisões na solidão e sem participação da sua equipe, acaba perdendo eficiência ao tempo que criando uma cultura de falta de compromisso.

6) Por último, e mais importante de tudo, divirta-se: se você estiver feliz, comprometido, e acreditando naquilo que você está fazendo, a sua equipe também vai estar. No fim das contas, uma equipe acaba sendo (para bem e para mal) o reflexo da sua liderança.